O Flash Crash é um termo que descreve uma queda repentina e dramática no mercado financeiro. Em 6 de maio de 2015, o mercado de ações dos Estados Unidos sofreu um desses crashes. Em menos de meia hora, o índice Dow Jones Industrial Average caiu mais de 1000 pontos, perdendo cerca de US$1 trilhão em valor.

As causas do Flash Crash de 2015 foram complexas, mas em grande parte (e pela primeira vez na história do mercado financeiro) derivou da interação entre algoritmos automatizados e operadores humanos. Em particular, foi a interação de um algoritmo e seu operador que causou a queda dramática naquele dia.

O algoritmo em questão foi desenvolvido para executar ordens de venda sempre que a diferença de preço de um determinado conjunto de ações atingisse um determinado limite. Isso normalmente funcionava bem, mas naquele dia, o algoritmo começou a vender ações de uma maneira acelerada e incomum.

O problema é que o mercado de ações já estava frágil naquele dia, com uma série de eventos negativos já tendo impactado os investidores. Uma vez que o algoritmo começou a vender, outros algoritmos automatizados perceberam que algo estava acontecendo e começaram a seguir seus passos, vendendo em massa. Isso causou uma espiral de vendas que rapidamente levou a uma queda de preços nas ações envolvidas.

Os operadores humanos, por sua vez, observavam esta queda acontecendo e tentavam intervir para corrigir a situação. No entanto, muitos estavam enfrentando problemas tecnológicos próprios, e as ordens de compra que estavam tentando executar não eram imediatamente preenchidas. Isso levou a uma circunstância em que o preço poderia estar diminuindo mais rapidamente do que o operador estava tentando comprar, tornando as coisas ainda mais caóticas.

Seria justo apontar para o Flash Crash de 2015 como um exemplo do quanto os mercados financeiros confiam em sistemas automatizados e tecnologias. Por um lado, essas ferramentas permitem que as transações sejam executadas em uma fração de segundo e com a máxima eficiência possível. Por outro lado, os algoritmos são programados e operados por seres humanos que, como todos nós, estão sujeitos a erros e problemas técnicos.

Em última análise, o Flash Crash de 2015 levantou outra questão importante: quem é responsabilizado quando as coisas dão errado em um cenário tão complexo como o mercado de ações? Embora alguns operadores humanos e empresas de tecnologia fossem incriminados, havia uma compreensão geral de que as complexidades do sistema tornavam difícil colocar a culpa em qualquer indivíduo ou organização.

Em resumo, o Flash Crash de 2015 foi um evento que expôs as falhas no uso de algoritmos automatizados em um mercado financeiro complexo e altamente interconectado. Embora tenha sido um evento de curta duração, deixou uma marca indelével nas operações de negociação em todo o mundo, destacando a necessidade contínua de vigilância tecnológica, regulamentação e supervisão.