Na década de 1920, a economia dos Estados Unidos estava florescendo. O país prosperava com a produção em massa, o consumo crescente e o aumento da produção industrial. Esse período ficou conhecido como a era do jazz, pois foi uma época de grande consumo, inclusão social, inovação tecnológica e cultural.

No entanto, essa prosperidade também teve suas desvantagens. A especulação na Bolsa de Valores de Nova York estava crescendo, e as ações estavam sendo compradas a preços altíssimos, muitas vezes com dinheiro emprestado. A confiança no mercado de ações era alta, e muitos investidores estavam se endividando para investir em ações que pareciam sempre crescer em valor.

Em outubro de 1929, essa bolha estourou. Os preços das ações começaram a cair drasticamente e os investidores começaram a vender suas ações, resultando em uma queda livre dos preços das ações. O mercado entrou em colapso, e muitos investidores perderam tudo. Esse evento ficou conhecido como quinta-feira negra, que foi seguida por outra queda significativa na segunda-feira seguinte, conhecida como segunda-feira negra.

As consequências da queda da Bolsa de Valores de Nova York foram imediatas e devastadoras. O colapso do mercado de ações deu início à Grande Depressão, a maior crise econômica da história dos Estados Unidos. A economia encolheu drasticamente, as empresas faliram, e o desemprego atingiu níveis recordes.

O impacto da grande depressão não foi limitado apenas aos Estados Unidos. Com o aumento da globalização e do comércio internacional, o crash na bolsa de valores de Nova York teve um impacto significativo na economia mundial, incluindo em Portugal.

Os Estados Unidos eram o maior produtor e consumidor de bens no mundo na época. Com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, o consumo norte-americano despencou e as importações de outros países, como Portugal, diminuíram significativamente. A economia portuguesa, que dependia do comércio internacional, sofreu um impacto significativo.

A queda afetou principalmente as indústrias naval e têxtil. Muitas empresas faliram, e milhares de trabalhadores perderam seus empregos. A produção portuguesa caiu drasticamente, e a falta de demanda dos Estados Unidos levou a uma queda nos preços das exportações de mercado português.

O governo português adotou medidas para tentar minimizar o impacto da crise econômica, incluindo a redução das despesas públicas, o aumento das tarifas e a desvalorização da moeda portuguesa. As exportações também foram direcionadas para outros mercados, como Brasil e Argentina. Essas medidas de curto prazo conseguiram melhorar ligeiramente a economia portuguesa, mas não foram suficientes para acabar com a crise.

Em resumo, a queda da Bolsa de Valores de Nova York foi um evento que teve repercussões em todo o mundo, incluindo em Portugal. O crash resultante deu início à maior crise econômica da história dos Estados Unidos, a Grande Depressão, que afetou negativamente a economia global. A economia portuguesa não foi exceção, sofrendo com a queda da demanda de exportação e a adoção de medidas para tentar amenizar a crise. A queda da bolsa de valores foi um evento que mudou o mundo e influenciou muitos países, incluindo Portugal.